A engenharia de valor diz respeito à análise prévia dos recursos disponíveis, ainda na fase de projeto, antes da fabricação de um produto, execução de um serviço ou de dar viabilidade a uma obra a fim de evitar custos desnecessários ou que extrapolam o orçamento.

Embora seja cada vez mais aplicada e seja uma abordagem em voga, ela não é recente. Na verdade, a engenharia de valor teve seu advento no pós-guerra, diante da escassez de metal que foi excessivamente utilizado pela indústria bélica.

Afinal, o que é engenharia de valor?

A definição conceitual de engenharia de valor pode ser encontrada em diferentes versões. Para a Sociedade Americana de Engenharia de Valor, engenharia de valor é:

“É o emprego sistemático de técnicas comprovadas para a avaliação das funções de um produto ou tarefa, com o objetivo de encontrar novos caminhos que preencham as funções necessárias de maneira econômica, preservadas todas as condições de segurança.”

A Engenharia de Valor tem como propósito evitar custos desnecessários ainda na fase inicial do projeto, cortando gastos que não contribuem para a performance e nem geram valor ao resultado da obra.

Em situações de crise econômica, mas não só nesses casos, essa filosofia de gestão é um caminho efetivo para reverter tal situação. No entanto, a Engenharia de Valor não é uma abordagem para ser utilizada pontualmente, mas uma prática permanente de uma construtora.

Engenharia de valor é apenas sobre redução de custos?

Embora essa seja uma visão difundida, ela é reducionista quando falamos dessa filosofia. Desenvolver, praticar e aplicar Engenharia de Valor significa implementar uma metodologia diferenciada, que se destina a analisar, criticar, modificar e inovar um processo visando maximizar resultados para agregar valor ao resultado.

Conceitualmente, é uma abordagem que parte da premissa de que cada etapa de um projeto deve gerar valor. Caso contrário, é um custo extra que será gerado ao cliente. Por isso, a Engenharia de Valor também torna a empresa mais competitiva, inovadora e criativa.

Como essa abordagem é aplicada?

Na construção civil, essa filosofia pode ser aplicada nas técnicas de Value Improving Practices (VIPs), que são ferramentas usadas para otimizar o valor de empreendimentos de grande porte.

Outra maneira de aplicar a Engenharia de Valor é na modalidade de Preço Máximo Garantido (PMG), na qual as economias obtidas são repartidas entre cliente e fornecedor. Além disso, ela pode ser utilizada para atender às normas ABNT NBR 15575 e 14653.

Em uma obra, a contratação de projetos de Engenharia de Valor é baseada em retorno sobre investimento. Para cada 1 real investido no projeto, cerca de 200 reais devem ser criados em valor econômico. 

Porém, o projeto de Engenharia de Valor deve ser o primeiro a ser criado, pois a partir dele chegaremos ao escopo, as premissas e as restrições de necessidades de desempenhos, custos e metas.

Enfim, aplicar a Engenharia de Valor é melhorar um processo, obter ganhos em prazos e em desempenho. É por isso que a Libercon tem essa filosofia como um de seus pilares presente em cada um dos projetos que desenvolvemos. 

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